Ver a Quinta da Boa Vista cheia em um domingo de manhã, realmente parece ser uma cena bem comum. Pessoas de um lado pro outro, crianças correndo, brincando, fazendo piquenique.
Um grupo de pessoas se destaca no meio disso, arrumando biombos, mesas, cadeiras... Colando cartazes e arrumando coisas aleatórias. Quando uma faixa é pendurada, aquela pequena confusão parece fazer mais sentido. É o Bio na Rua, que estava prestes a começar.
Com tudo arrumado, as pessoas começam a se aproximar. Perguntam, questionam, se mostram tão interessadas que chega a impressionar. São essas pessoas que fazem o Bio na rua. Seriamos tolos em dizer que o nosso evento é apenas de divulgação cientifica, o contato com o público é o que faz toda a diferença. Quando pensamos que estamos ensinando, na verdade estamos aprendendo. E bota aprender nisso! Se eu listasse tudo que ouvi desse meu primeiro Bio na Rua, esse texto ficaria bem maior.
Da para entender o gosto dos alunos por organizar, participar e querer sempre melhorar um evento como esse. Não é sempre (na verdade, infelizmente, é quase nunca) que vemos pessoas tão dedicadas e esforçadas divulgando ciência. Todo o trabalho é válido quando vemos cenas, como, uma criança com um sapo na mão, feliz da vida, mostrando para a mãe o que aprendeu ou olhando pela primeira vez em um microscópio e achando aquilo tudo muito diferente e divertido.
E diria que para o público o Bio na rua seria conhecimento e diversão, e para nós... Conhecimento e diversão.
Neca (2009/2)